domingo, 27 de novembro de 2011



Jornal Estado de Minas, 06/06/10. Reportagem de Flávia Ayer.

O texto de Flávia Ayer, publicado no Estado de Minas em 6 de junho de 2010, mostra que 3,8 mil toneladas de lixo doméstico produzidos diariamente em Belo Horizonte são depositados no Centro de Tratamento em Resíduos Macaúbas, em Sabará. Além de ser o único local destinado a receber todo o lixo produzido na capital, o aterro foi construído às margens do Rio das Velhas. É inaceitável um projeto de construção de aterro às margens de um leito, o que traz problemas tanto para a contaminação do subsolo quanto para as águas do rio.
Além do problema de localização do aterro, a autora também questiona o gerenciamento do lixo produzido. Um estudo da organização mundial Price Waterhouse Coopers constatou que Belo Horizonte, dentre 14 cidades pesquisadas no Brasil e no exterior, é a capital que tem o menor gasto com esse setor. Entende-se que uma forma de gerenciar melhor os resíduos seria investindo em programas, visando à conscientização da população sobre a importância de reciclar para reduzir os danos provocados pelo lixo. Um programa de coleta seletiva, por exemplo, reduziria significativamente a quantidade de lixo que chegaria ao aterro, pois grande parte desse lixo já seria encaminhada para a reciclagem.


         Para que a coleta seletiva seja eficiente, é necessário mais investimento do poder público, pois, conforme cita a autora, apenas 30 bairros em Belo Horizonte são atendidos com a coleta seletiva porta a porta. Concorda-se com Ayer em que a conscientização da população não é o suficiente se não há uma política pública eficiente. Segundo Denise Bruschi, a postura do cidadão não deve ser apenas de tirar o lixo da frente, mas sim de tratar os resíduos.


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